FAEC desenvolve projeto sobre surdez e inclusão social

30 de setembro de 2014 - 13:18

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Surdez e Inclusão Social: um desafio à sociedade, aos profissionais e à Educação do Sertão de Crateús. Este é o título de um projeto desenvolvido na Faculdade de Educação de Crateús (FAEC), sob a orientação da professora Cléia Feitosa e pelas alunas Jeana Carla Siqueira e Simone Aparecida, do curso de Química, em parceria com as escolas estaduais locais.

As escolas envolvidas no projeto da FAEC são: Escola de Ensino Fundamental e Médio Lourenço Filho, Escola Estadual de Educação Profissional Manoel Mano e Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA).

O projeto tem como finalidade analisar o ensino das disciplinas Ciências da Natureza (Ciências e Química) para alunos surdos, destacando a importância da criação de terminologias científicas em Libras para o ensino dessas disciplinas, além de contribuir com a Comunidade Surda de Crateús.

Atualmente, a Escola Lourenço Filho conta com 187 alunos no Ensino Fundamental, 373 no Ensino Médio e 14 no Atendimento Educacional Especializado (AEE). Desse total, 10 alunos são surdos. A Escola Manoel Mano tem um aluno surdo, que cursa informática e é atendido no AEE da Escola E. E. F. M. Lourenço Filho.

O CEJA possui 1.114 alunos matriculados, dos quais 214 estão na educação profissional integrada (Pró Jovem); 201 alunos no EJA semipresencial do ensino fundamental e 569 semipresencial do ensino médio; e ainda conta com três turmas com um total de 56 alunos no presídio, sendo duas salas masculinas e uma feminina. A inclusão começou em 2010 e hoje 10 alunos surdos estão matriculados na escola, sendo dois no ensino fundamental e oito no ensino médio, e todos são assistido pelo AEE da própria escola.

No Munícipio de Crateús ainda são registrados 815 alunos na rede de Ensino Municipal que apresentam algum tipo de deficiência, onde 21 (vinte e um) destes são alunos surdos.

Dentre os objetivos do projeto estão o desenvolvimento de trabalhos, como palestras e oficinas, junto à comunidade surda, ajudando no resgate da cultura e identidade surda. Os resultados do projeto serão apresentados na Semana Universitária, que acontecerá de 25 a 28 de novembro.

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A educação inclusiva é um movimento que compreende a educação como um direito humano fundamental e base para uma sociedade mais justa e solidária, sabendo-se, no entanto, que a inclusão não acontece em curto prazo. “É uma conquista que exige muito estudo, trabalho e dedicação de todos os envolvidos no processo: aluno surdo e ouvinte, família, professores, intérpretes, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e demais elementos da escola”, enfatiza a professora Cleia, que é também diretora da FAEC.

Fonte: Assessoria de Comunicação da FAEC