Intercâmbios

15 de fevereiro de 2012 - 14:02

INTERCÂMBIOS NACIONAIS
 
O Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos da UECE está realizando parcerias com o Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado da UNIVALI com abertura de atividades nos referidos programas disponíveis aos mestrandos e doutorandos das universidades parceiras.
Os alunos podem cursar disciplinas,fazer estágios ou participar em projetos de pesquisa de forma integrada. Muitos deles desejam conhecer as experiências de Turismo Comunitário do Ceará e as Experiências Rurais e Associativas como as da Acolhida na Colônia em Santa Catarina.
Projeto Integração
A Uece através do Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos participa do Programa Pró-Integraçao da CAPES, tendo como instituição líder o Programa de Turismo da Universidade Vale do Itajaí e como colaboradora o Mestrado em Turismo da Universidade de Caxias do Sul. O projeto aprovado, que teve início em 2013,  tem como título: Desenvolvimento regional, políticas públicas e competitividade no Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar (SC), Serra Gaúcha (RS) e do Litoral de Jijoca de Jericoacoara (CE). A  pesquisa é voltada ao tema estratégias, políticas e modelos de gestão em desenvolvimento regional e visa abordar o desenvolvimento local e regional, dando ênfase ao estudo das políticas públicas de turismo e a análise da competitividade e da qualidade de vida dos destinos, através do estudo de caso das regiões Costa Verde & Mar (SC), Serra Gaúcha (RS) e litoral de Jijoca de Jericoacoara (CE).  A metodologia que está sendo empregada no presente estudo é feita pelo uso da pesquisa quali-quantitativa, permitindo assim a compreensão dos processos que abordam a temática. Estão sendo levantados dados sobre as regiões estudadas, que serão posteriormente representados por meio de mapas, gráficos e tabelas para o melhor entendimento do processo, enfocando particularmente os quatro eixos de análise que envolve o projeto: desenvolvimento regional e local; políticas públicas e governança; competitividade e qualidade de vida; e cases de sucesso.
 
 
 
INTERCÂMBIOS INTERNACIONAIS
 
O Mestrado mantém parceria com a Universidade do Algarve, tendo como interlocutor local o Professor Júlio da Costa Mendes, Campus de Gambelas, FARO, Portugal.
O intercâmbio tem como objetivos desenvolver estratégias de implementação do referencial de sustentabilidade junto dos stakeholders em destinos costeiros. 
A investigação incidirá sobre os dois destinos mais representativos no turismo litorâneo no Brasil e em Portugal – Ceará e Algarve. A complementaridade de diversas situações de desenvolvimento de produtos turísticos e de experiências nos dois destinos costeiros é considerada extremamente importante para os resultados que se esperam obter com o projeto.
Identificar uma bateria de indicadores de sustentabilidade econômica, social e ambiental para áreas costeiras.
A fixação de metas e de objetivos conjuntos de melhoria contínua da sustentabilidade dos destinos costeiros deve ser assumida como uma opção estratégica e dar origem ao estabelecimento de prioridades, com base numa cuidadosa avaliação dos pontos fortes e fracos, das oportunidades e ameaças que cada destino turístico enfrenta. Por outro lado, esta estratégia de melhoria deve levar em conta o conceito de integridade da experiência turística, procurando potenciar os impactes da experiência na satisfação e imagem retidas pelos visitantes do destino turístico.
O estabelecimento de uma agenda conjunta constitui um passo importante para o desenvolvimento do processo de integração de princípios e de valores de sustentabilidade nas áreas costeiras e de implementação de sistemas de melhoria contínua da sustentabilidade nessas mesmas áreas, na medida em que simboliza uma plataforma de entendimento sobre a caracterização da situação de partida e uma convergência de pontos de vista dos diversos interessados sobre a situação para onde se pretende dirigir o processo.
O desenvolvimento de um processo de mudança no sentido da melhoria contínua da sustentabilidade nos destinos costeiros implica uma alteração cultural na forma de estar e de agir dos atores e das organizações que constituem a componente tangível da oferta turística da região e processa-se através de uma sucessão de etapas de planeamento, organização, implementação e de controle.
No contexto do turismo, em geral, e dos destinos turísticos, em particular, ou nas áreas costeiras onde a maior parte dos destinos turísticos se localiza, competitividade, qualidade, e sustentabilidade são três questões indissociáveis.
De acordo com o relatório da Word Commission on Environment and Development (WCED, 1987: 43), o conceito de desenvolvimento sustentável é definido como um desenvolvimento que vai ao encontro das necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações irem ao encontro das suas próprias necessidades. Embora o termo desenvolvimento sustentável surja pela primeira vez no Relatório de Brundtland, em 1987, é a partir de 1992, com a Conferência do Rio (também conhecida como Cimeira da Terra) promovida pelas Nações Unidas, que o conceito ganha maior aceitação mundial. No âmbito desta Conferência foi desenvolvido e adotado por 182 países o programa de ação Agenda 21, o qual passou a constituir uma referência incontornável para a implementação da sustentabilidade a nível mundial. O desenvolvimento sustentável não é, pois uma moda, como muitas vezes foi referido; e prova disso é que cada vez mais surge de uma forma generalizada no dia-a-dia das organizações públicas e privadas, e nos diversos setores econômicos e sociais.
As interações que se estabelecem entre o turismo, o ambiente físico e os impactos do comportamento do lazer têm merecido a atenção e sido estudados por diversos autores, constituindo uma questão incontornável sempre que se aborda a problemática da gestão dos destinos turísticos na atualidade.
O complexo de atividades econômicas associadas ao turismo e ao lazer revelou-se como o setor com maiores taxas de crescimento nas últimas décadas do século XX. Todos os cenários apontam no sentido da manutenção desta taxa de crescimento nos primeiros decénios do século XXI, posicionando-se mesmo como a principal atividade econômica a nível mundial. Dentro das preocupações ambientais inserem-se todas as iniciativas que visam preservar a qualidade das águas, dos solos e do ar; prevenir a degradação do clima; preservar a diversidade biológica e paisagística; gerir os recursos naturais e energéticos; reduzir e reciclar lixos; melhorar o quadro de vida e as condições de trabalho, assim como a integração destes aspectos no ordenamento do território. O sucesso do turismo, a longo prazo, depende da gestão dos recursos naturais, da proteção e conservação do meio envolvente, natural ou social, das atrações construídas, das infra-estruturas que suportam a prestação do serviço e que são uma parte vital do mesmo (Godin, 1999; Valles, 1999).
Dado o seu rápido crescimento, o turismo tem, indubitavelmente, gerado significativas mudanças sociais e ambientais, e muitas delas têm sido prejudiciais. Neste domínio, a qualidade do produto turístico passa obrigatoriamente pela sua robustez ambiental e um dos maiores desafios que a indústria enfrenta é a sustentabilidade a longo prazo. O ambiente é cada vez mais reconhecido como um elemento importante, e por vezes decisivo, de escolha dos destinos pelos turistas e como valor acrescentado para o mercado turístico.
Neste contexto, importa ainda fazer referência  à necessidade de analisar a dimensão espacial do turismo tanto à escala regional como local. Na escala regional ter-se-á presente a localização dos recursos, infraestruturas e fluxos turísticos. No que diz respeito à escala local, outros aspectos serão objeto de estudo, nomeadamente a identificação e a prática dos stakeholders, impactos ambientais e aspectos de caráter paisagístico-morfológicos.
As relações estreitas entre o turismo e o ambiente podem ser de conflito, coexistência ou simbiose. A conservação de áreas naturais, da vida selvagem e de paisagens, a preservação de locais e monumentos de interesse arqueológico e histórico têm o efeito de estimular e manter o fluxo de visitas a estas regiões. Normalmente, quanto maior é a qualidade natural de um espaço geográfico, maiores são as tensões de deterioração que à sua volta se desenvolvem. Cada vez mais, e em virtude de danos irreparáveis provocados pela implantação desordenada da actividade turística em zonas estruturalmente fragilizadas, vale considerar diante dos impactos que o desenvolvimento do setor acarreta, a minimização dos efeitos negativos e, sempre que possível, integrando, de uma forma harmoniosa, o turismo com o ambiente e a sociedade onde se insere. 
A investigação desenvolvida nos últimos anos tem procurado, essencialmente, aprofundar os aspectos de conceitualização do constructo, e tem utilizado, como referencial de enquadramento teórico, os  princípios desenvolvidos no Relatório de Bruntland relativamente à sustentabilidade econômica, ambiental e sociocultural.
Para além de se tratar de um tema insuficientemente tratado, verifica-se ainda escassez de evidências empíricas sobre a problemática de operacionalização do constructo da sustentabilidade nos destinos turísticos. Neste caso, e mais do que  analisar o que deve ser feito, as preocupações atuais da investigação voltam-se para o como deve ser feito e para as questões de avaliação do estado do mesmo em termos de efetivação e de implementação no terreno.
Intercâmbio Internacional com a Universidade de Santiago de Compostela representada pelo reitor, Professor Juan Manuel Viaño Rey, com endereço do Pazo de San Xerome,Praza do Obradoiro s/n, 15782 Santiago de Compostela, Espanha, adiante denominada de USC e de outro lado a Fundação Universidade Estadual do Ceará, copm sede na Avenida Silas Munguba, 1700 – Itaperi, CEP: 60741-903, Fortaleza-CE, Brasil.
Está em andamento, desde o final do ano de 2017, uma negociação para assinatura de um Acordo de Cooperação entre a UECE e a Universidade East Carolina University em Greenville, na Carolina do Norte, USA. O acordo em negociação prevê o intercâmbio de professores e alunos do mestrado das duas instituições, prevê ainda o desenvolvimento de pesquisas na área do turismo com participação dos professores e mestrandos.