I ENCONTRO GERAL MULHERES DA UECE

20 de janeiro de 2020 - 16:51 # # #

O lugar socialmente construído para as mulheres foi o espaço privado, durante a divisão social do trabalho, nos delegaram o cuidado do lar e os afazeres domésticos, mas, todos os dias, conseguimos ver mais mulheres resistindo e ocupando os espaços políticos e acadêmicos enfrentando, dessa forma, o patriarcado e a sociedade machista.
Em períodos de avanço do conservadorismo e da extrema direita no Brasil, é fundamental organizar e formular uma sociedade livre de opressões. Pensado nisso, a comunidade universitária da UECE (professoras, estudantes e técnica-administrativas) está organizando o I Encontro Geral de Mulheres da UECE. A programação conta com vários pré-encontros em todos os campi da UECE e para dar a largada estamos organizando o pré- encontro em Limoeiro no dia 22/01, às 13h30, no Auditório da FAFIDAM. Vamos conversar sobre: saúde da mulher, classe, raça e sexualidade, participação política e organização feminina, violência de gênero, trabalho e maternidade nos, espaços universitários e queremos convidar todas as mulheres para participarem e construírem coletivamente uma nova lógica de sociabilidade, defendemos um mundo para a humanidade, um mundo sem machismo, racismo, LGBTfobia e toda forma de opressão e exploração: OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!

 

PROGRAMAÇÃO DIA 22 DE JANEIRO DE 2020

Manhã: Feira de produtos agrícolas e artesanato com as mulheres do Acampamento Zé Maria do Tomé -GRUPO MÃOS QUE CRIAM

13H30 – MESA DE ABERTURA
Saudação e Acolhida das Encontristas

14H30 – MESA TEMÁTICA
“OS FEMINISMOS E A LUTA DAS MULHERES
NA ATUALIDADE”

15H – GRUPOS DE TRABALHOS:
GT 1 – Violência de Gênero

O GT busca discutir o tema da violência de gênero contra as mulheres no Brasil contemporâneo. Reconhece esta pauta como uma das mais caras aos movimentos feministas, em suas diversidades, remetendo às lutas históricas de diferentes gerações contra uma violência histórica e culturalmente direcionada às mulheres, pelo simples fato de serem mulheres, ou que as atinge desproporcionalmente em nossa sociedade, constituindo-se em grave violação aos seus direitos humanos. Destaca a importância dos movimentos e da epistemologia feminista para a tipificação e análise da violência de gênero no país, considerando sua intersecção com os marcadores de raça/etnia, sexualidades e classe
social, e a contribuição dos movimentos na construção de leis e políticas para o enfrentamento da violência, intervindo nas esferas da segurança pública, saúde, educação e do judiciário.

GT 2 – Trabalho, Saúde, Maternidade e Mulheres na Universidade
Ainda persistem lutas e desafios para a garantia da inserção da mulher no mundo do trabalho, tendo em vista salários menores nas mesmas funções que homens ocupam, áreas de trabalho em que ainda não são aceitas, jornadas duplas ou triplas, e ainda casos de assédio moral e sexual, em que são vítimas com frequência, entre outros. Tais fatos incidem sobre a saúde das mulheres, agravada pela inexistência de atendimentos adequados no SUS, como acesso devido a mamografias. Permanecer no trabalho, ou na universidade se interliga a iniciativas de apoio a maternidade e saúde, tais como garantia de realização de pré natal, parto humanizado, creches, acolhimento das crianças, e ainda a descriminalização do aborto, como parte de uma política de saúde que se volte para as demandas das mulheres.

GT 3 – Direitos Humanos e Organização
Política das Mulheres Direitos humanos e organização política de mulheres é
discutir sobre o papel da participação crítica das mulheres na vida política de forma ampla, seja no campo institucional e movimentos sociais. Reivindicar a universalização dos direitos das mulheres, sem distinção de classe social, idade, raça, etnia, religião e credos. Defender e debater o direito amplo de organização e a importância da participação partidária das mesmas em todos os espaços de representação políticos da sociedade. Reafirmando o seu espaço de atuação na política com o objetivo de despertar consciência crítica tendo em vista o seu papel nas lutas por uma sociedade emancipatória.

GT 4 –Mulher, Raça, Sexualidade e Classe
Debater Mulheres, raça, sexualidade e classe é compreender a mulher em sua totalidade dentro de uma realidade específica, no caso a da realidade brasileira. Compreendendo o papel que essas mulheres tiveram nas mais diversas revoluções da América Latina e na resistência em períodos específicos no Brasil. Reafirmando que a nossa luta é por uma nação e que o papel das mulheres é essencial para o embate político e social em tempos de retrocessos e reafirmando nossa unidade para esse tempo, compreendo que são os nossos corpos que são privados e vigiados por uma sociedade patriarcal, racista e capitalista..

16H – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E RESOLUÇÕES DOS GRUPOS DE TRABALHO.

17H – ENCERRAMENTO